Nosso Senhor não tem necessidade de nossas reflexões, nem de nossas palavras para nos ensinar a amá-lO e nos conceder sua santa graça, embora queira que, diante de sua soberana Majestade, façamos o que estiver ao nosso alcance para Lhe provarmos a nossa boa vontade. Depois que tivermos explorado a nossa pobreza, Ele virá a nós e nos dará sua graça.
Não é necessário, portanto, refletir muito na meditação, e, sim, fazer atos de virtudes.
Ao meditar na Paixão de Nosso Senhor, por exemplo, fazer primeiramente um ato de amor, considerando tudo quanto este bom Salvador sofreu por nós; um ato de agradecimento por nos haver amado tanto e sofrido tanto por nós, e por no-lO ter dado a conhecer; em seguida, um ato de amor aos sofrimentos, particularmente ao que nos estiver tocando na ocasião, pedindo ao mesmo tempo a graça de sofrer por amor, tomando a resolução de suportar em silêncio e com paciência o que nos acontece.
Eis uma excelente meditação. E quando nos torna felizes esta conversão íntima com Nosso Senhor! Levamos o nosso tesouro por toda parte!
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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