A alma justa é a morada e o templo do Espírito Santo (cf. 1Cor 3,16;6,19) que nela reside não apenas por sua graça mas pessoalmente, e quanto mais a alma estiver livre de obstáculos, quanto maior o campo de ação que oferecer ao Espírito Santo, mas poderosos aí Ele se mostrará.
A pureza é necessária para que Ele habite em nós, pois que o Espírito Santo não se encontra nem opera onde há o pecado, porque então estaríamos mortos e nossos membros paralisados, incapazes de prestar nossa cooperação, sempre necessária.
O Espírito Santo também não pode trabalhar com uma vontade indolente ou dominada por afeição desregradas. A presença do Espírito Santo se torna então passiva, apesar de ser Ele uma chama que, subindo sempre, quer nos elevar consigo. Se tentamos detê-la, ela se extingue, ou, melhor, o Espírito Santo em breve se afasta da alma assim paralisada e apagada à Terra, pois não tardará a cair no pecado mortal.
O Espírito Santo, no dizer de São Bernado, não suporta, na alma que Lhe pertence, a menor palha, e a consome o mais depressa possível.
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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