É verdade de fé que sem o Espírito Santo não somos capazes de um só pensamento sobrenatural (cf. 1Cor 12,3; 2Cor 3,5) Podemos, sem o seu auxílio, ter bons pensamentos naturais, razoáveis, honestos. Mas, de que vale isto?
O pensamento que o Espírito Santo nos inspira é, a princípio, débil, pequenino, desenvolvendo-se e se expandindo na ação e no sacrifício. Ao se apresentarem esses pensamento sobrenaturais, devemos abracá-los sem hesitar; devemos mesmo permanecer atentos à graça recolhidos em nosso interior, esperando essas inspirações divinas. É necessário que escutemos o Espírito Santo e permaneçamos recolhidos durante as suas operações (cf. Ap 2,7.11.17.29.3,6.13.22; At 16,6-7).
Poder-se-ia objetar que se todos os nossos pensamentos sobrenaturais procedem do Espírito Santo, então nos tornamos infalíveis. A resposta é que, por nós mesmos, somos sujeitos ao erro, mas quando nos firmamos na graça que nos é própria, seguindo a luz que o Espírito Santo nos oferece, estamos, fora de dúvida, na verdade, e na verdade divina.
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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