O Espírito Santo estabelece em nossa alma a união de sentimentos com Jesus, e, por esta operação, quando Jesus termina a sua vida sacramental em nós, aí permanece espiritualmente. O Espírito Santo prolonga assim a nossa Comunhão, conserva em nós a vida divina de Jesus.
Deixemos portanto que o Espírito Santo trabalhe em nossa alma, e nela forme Nossos Senhor. Deixemo-nos plasmar por suas mãos divinas, como a cera mole que recebe todas as formas.
Preparemo-nos em união com Ele para a Santa Comunhão; rezemos e façamos por meio dEle a ação de graças. Querer dispensar este socorro é orgulho e presunção, pois não sabemos orar. Mas se chamamos o Espírito Santo em nosso auxílio, agradaremos ao Pai Celeste que poderá então, com verdadeiro prazer, dar-nos o seu Divino Filho, sem temor de vê-lO mal recebido. Ao mesmo tempo proporcionaremos a Nosso Senhor uma grande felicidade porque, no seu único anelo de se dar a nós, gosta naturalmente de encontrar um cenáculo espaçoso e ricamente ornado (cf. Mc 14,15). Daremos prazer, enfim ao Espírito Santo, cuja glória é fecundar as almas com seu amor.
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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