Se o vosso trabalho, na oração, tem por fim desarraigar um pecado do coração, é necessário que lhe retireis de dentro o ídolo, mundando-lhe a afeição, desviando-o de seu atrativo.
O coração é todo afeto, dá-se instintivamente; é a sede do amor, é dominado por ele, e procede por simpatia.
Tende portanto o cuidado de não lhe retirar o que aprecia, sem lhe oferecer um outro abjeto de amor, mais belo, mais digno, mais amável que o primeiro, pois que ele não pode ficar vazio.
Retirai-lhe o mundo, mas dai-lhe Deus; é de sua natureza, de sua essência, apegar-se, amar, e se o deixais vazio e solitário voltar-se-á sem demora para o seu primeiro amor.
Dai-lhe, Deus, o amor dos amores, Jesus Cristo, seu Salvador infinitamente bom e amável.
O coração é tão sensível e delicado, quanto o corpo é cego e grosseiro. Tende piedade do coração, tratai-o com doçura.
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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