Sem o hábito da presença de Deus, a vaidade domina o espírito, que então se dissipa e voa de um lado para o outro como o inseto e a borboleta, enquanto o coração procura as consolações piedosas porém humanas, e a vontade se entrega à preguiça e às antipatias naturais.
Essa presença é necessária principalmente contra a irritação resultante do combate em prol da virtude, bem como contra as antipatias.
É impossível ficar sempre no campo de batalha; a alma tem necessidade de repousar em Deus.
Adquire-se o hábito da presença de Deus gradualmente, começando pelo mais fácil, que é o oferecimento das ações, a repetição frequente de aspirações e impulsos de amor; segundo um certo mecanismo: recolher-se e fixar-se em Deus, por exemplo, em determinados momentos e lugares, prestando-Lhe tudo isto não se assemelhe à fumaça que se perde no ar, é conveniente prescrever e observar fielmente uma sanção exterior e corporal contra as infrações. Nesta prática damos a Deus a nossa pessoa, e toda a nossa vida. É o nosso próprio eu que se perde em Nosso Senhor.
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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