Se a Terra é o escabelo de Jesus Cristo, se a alma justa é seu templo, a alma do Sacerdote deve ser para Ele um trono, e o seu corpo, carro de triunfo. E se o Sacerdote não pode permanecer dia e noite na Igreja, não tem ele sempre consigo a Igreja? Não tem o berço de Jesus Cristo em coração? Não é na sua vontade de Sacerdote que Jesus Cristo permanece à espera do nascimento cotidiano e eucarístico? Não é daí que este Esposo sai como de seu leito nupcial? (cf. Sl 18,6). O altar eterno do Cordeiro de Deus está no Céu; as mãos do Sacerdote são o altar da Terra.
Que grandeza a do Sacerdote, Ministro dos mais altos Mistérios, que dá ordem ao próprio Deus, que santifica e salva as almas encaminhando-as para Deus!
Se Nosso Senhor se tivesse contentado em nos engrandecer, correríamos o risco de nos perder por orgulho. Mas aniquilou a sua glória, sua grandeza, e nos diz: Vede que me humilho; sou, é certo, maior do que vós, entretanto vede o que faço de minha grandeza, vede o que me torno. É este penamento que faz se prostrarem aos pés de Nosso Senhor os Bispos e o próprio Papa; vendo-os aniquilados na presença de Deus confessamos que somente Ele é verdadeiramente grande.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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