A alma que vive em santo abandono entrega inteiramente a Deus a própria vontade, para que Ele a governe e a mova como quiser.
Doravante, apenas há de considerar como bem, alegria felicidade, virtude, zelo, perfeição o que trouxer o selo divino da vontade de Deus.
Que deseja Deus? Qual a sua vontade? O que Lhe agrada mais? Eis, em síntese, a lei, a escolha, toda a vida enfim da alma em santo abandono.
E ela se entrega ao serviço de Deus sem outro de vista, sem outro amor que não seja o que Deus lhe determina a cada hora, e como Ele quer.
A alma, no santo abandono, serve a Deus segundo os meios de que dispõe no momento. Não se apaga ao seu estado, nem aos meios, nem às graças, mas repousa unicamente na santa Vontade de Deus!
Nosso Senhor é e deve ser para vós o sol de cada dia; todas as manhãs ele se levanta em vossa vida, mas não da mesma maneira. É mister que ameis sempre este divino sol de justiça e de amor, seja que ele vos apareça radioso, seja que se mostre velado em meio aos ardores do estio, ou sob os gelos do inverno; é sempre o mesmo sol.
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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