Ao se consumirem as espécies da Comunhão, desaparece a presença corporal de Nosso Senhor, mas, se o pecado não O afastar, nosso corpo continuará participando da virtude do Corpo de Jesus. Recebe dEle a força, a graça, a integridade e os costumes, anima-se com a seiva de Nosso Senhor, espiritualiza-se.
O nosso corpo, se bem que receba a honra em primeiro lugar, é apenas uma antecâmara por onde passa Nosso Senhor, que se dirige diretamente à alma e lhe diz: "Quero desposar-te para sempre" (Os 2,21).
A alma O recebe e participa de sua vida divina; perde-se por assim dizer, em Nosso senhor. Desde então, somente procura o que Lhe agrada e Lhe dá prazer, penetrada que está da intuição delicada com que Jesus discerne as coisas que se referem à glória do Pai, intuição que tudo aprecia sob o prima divino.
A alma que não possui este sentimento de delicadeza procura-se a si mesma em tudo, e, ao comungar, pensará tão somente nas doçuras que poderá fruir. A delicadeza e a flor do amor.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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