A penitência estabelece em nós o estado de graça, opera a nossa cura, mas é um remédio violento, uma vitória dificilmente conquistada, e que nos deixa o cansaço da luta. Esse Sacramento, que nos dá a vida, não é suficiente para entretê-la por largo tempo. Se nos contentarmos com ele, ficaremos sempre em estado de convalescença.
O que é necessário então para nos dar a plenitude da vida, transformando-nos em almas fortes? A Comunhão, que é o bálsamo, o calor suave e benéfico, o leite de Nosso Senhor, como diz o Profeta: "Ad úbera portabimini" (Is 66,12).
A Eucaristia, depois da Penitência, nos infunde plenamente a paz. É dos prórprios lábios de Nosso Senhor que temos necessidade de ouvir estas palavras cheias de conforto: "Ide em paz e não pequeis mais" (Jo 8,11), palavras que, brotando de seu Coração, caem sobre o nosso, ainda ulcerado e dolorido, como um orvalho celeste.
A Comunhão produz a constância perseverante; se quereis, portanto, perseverar, recebei Nosso Senhor!
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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