Gostamos de penetrar uma verdade oculta, descubrir um tesouro escondido, triunfar de uma dificuldade.
Assim também a alma fiel, em presença do véu eucarístico, procura o se Jesus, qual Madalena, no túmulo (cf. Mt 27,61).
"Mestre querido de minh'alma, hei de procurar-vos sem cessar, e mostrar-me-eis vossa Face adorável!" (Sl 41,2-3)
E Jesus se manifesta gradualmente à alma, na medida de sua fé e de seu amor, e a alma encontra em Jesus alimento renovado, vida inesgotável.
O objeto divino de sua contemplação lhe aparece sempre ornado de mais uma qualidade, e aureolado de uma bondade nova e maior.
E como neste mundo o amor vive de felicidade e de desejos, a alma pela Eucaristia goza e deseja ao mesmo tempo; alimenta-se e tem sempre fome.
Ah! somente a sabedoria e a bondade de Nosso Senhor poderiam ter inventado o véu eucarístico!
Jesus encobre o seu amor, e o retém; seu ardor é tal que nos consumiria se estivéssemos expostos à intensidade dos seus raios: - "Ignis consumens est" - Deus é um fogo consumidor. (Dt 4,24; Hb 12,28).
Flores da Eucarístia, São Pedro Julião Eymard
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