O pai de família deve defender seus filhos do mau exemplo, que desperta na criança o pensamento do mal, adormecido até então; é também dever imperioso do pai preservar o filho dos ataques mortíferos do mal, pois sua ignorância curiosa, sua fraqueza, e o amor-próprio que impele à imitação, bem depressa o tornam culpado.
À medida que se desenvolve a inteligência da criança, é necessário, com prudência mas também com energia, premuni-la contra o mau exemplo inevitável que há de encontrar no mundo. Com prudência, incutindo-lhe o horror ao mal, apontado primeiramente de maneira geral, e depois especificado pouco a pouco, segundo os graus de virtude e a iminência do perigo. Com energia, pelo poder da fé, do amor, da honra.
Que o pai seja severo na proibição de livros perigosos, pois a impressão que eles deixam é indelével. Que seja intransigente em se tratando de más companhias, porquanto a mais sólida virtude não resiste por muito tempo a tão funesto escolho. Feliz a criança a quem a mão firme e boa de um pai guiou no despertar das paixões e amparou nos primeiros combates. Há de bendizer para sempre o coração que a salvou preservando-lhe a virtude de um naufrágio triste e infeliz. É um bem mais precioso do que a própria vida.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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