Ministério Eterna Luz

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domingo, 30 de outubro de 2011

Palavra do Pastor

31º Domingo do Tempo comum – 30.10.2011


HUMILDADE E COERÊNCIA


+ Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília


A Liturgia da Palavra denuncia duramente condutas incompatíveis com a vida cristã. Jesus critica o orgulho, a vaidade e a incoerência dos fariseus e mestres da lei. Eles não praticavam os mandamentos que ensinavam; eram rigorosos com os outros, mas incoerentes. Queriam estar acima dos outros; preocupavam-se demais com as aparências e descuidavam do coração; faltava-lhes humildade, além da fidelidade. Em nosso tempo, há grande risco de se repetir a atitude orgulhosa, vaidosa e incoerente dos fariseus e mestres da lei. Na cultura do espetáculo, o que conta é a aparência e os primeiros lugares. Na cultura do descartável, não tem valor o compromisso e a fidelidade. Jesus nos propõe o caminho da humildade, da coerência, da fidelidade e do serviço. É nisso que esta a grandeza dos seus discípulos.

A profecia de Malaquias refere-se a condutas abomináveis aos olhos de Deus: “afastar-se do reto caminho”, ser “pedra de tropeço”, ser “desonesto para com seu irmão”, “praticar “discriminação de pessoas”. São muito danosas as conseqüências de tais condutas para aqueles que as praticam, mas também para os outros que acabam sofrendo com isso.

Em contraste com o que se denuncia na primeira leitura e no Evangelho, o salmo meditado e a segunda leitura nos dão exemplos de conduta fiel e agradável a Deus e de suas conseqüências felizes para os que a praticam, assim como, para os outros. No Salmo 130, a atitude do salmista é marcada pela humildade e pela confiança no Senhor. Trata-se de um coração humilde, que confia em Deus e, por isso, encontra a paz como uma criança no colo da mãe. Na 1ª Carta aos Tessalonicenses, encontra-se o testemunho de Paulo: a sua coerência com o anúncio do Evangelho, a simplicidade de vida que incluía o trabalho e o grande amor pela comunidade, comparado a ternura de uma mãe, a ponto de querer dar a própria vida.

A Palavra de Deus nos convida à conversão. A denúncia e o reconhecimento dos pecados acontecem sempre em vista da vida nova. Deus oferece o seu perdão a quem se arrepende sinceramente e busca a conversão. Necessitamos muito, em nossos dias, do testemunho coerente de vida cristã, de humildade, de simplicidade e de serviço aos irmãos. Para tanto, é preciso reconhecer humildemente os pecados, pedir a Deus o perdão e se dispor à vida nova em Cristo.

Neste final de mês missionário e Dia Nacional da Juventude, vamos renovar o nosso empenho em testemunhar a fé em Cristo com humildade, firmeza e coerência, especialmente, na evangelização da juventude. Que as nossas comunidades acolham fraternalmente os jovens, incentivando-os a participar da vida da Igreja e a viver a fé com alegria, no mundo de hoje, especialmente, entre os outros jovens.

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