O serviço de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento deve ser litúrgico em sua forma e em seu espírito. Todo serviço tem uma lei que lhe determina os deveres, uma regra que lhe prescreve os detalhes e que lhe aponta a ordem a seguir. Assim é que o cerimonial da corte de um rei se impõe, sem restrições, aos súditos e aos servos.
Jesus Cristo não estabeleceu leis formais para o seu culto. Contentou-se em nos dar a adorável Eucaristia como fim e objeto de nossa religião, e o preceito do amor para regular as homenagens interiores que Lhe devemos tributar.
Foi aos Apóstolos e à Igreja Romana que confiou a missão de fixar o cerimonial de seu culto exterior e público. A santa liturgia romana é portanto soberanamente augusta e autêntica; emana de Pedro, o Chefe dos Apóstolos, a pedra fundamental da fé e de toda a religião. Cada um dos Papas a observa e defende, transmitindo-a, respeitosamente, aos séculos seguintes, e, conforme as necessidades da fé, da piedade e do recolhimento, acrescenta-lhe, mediante a plenitude de sua autoridade apostólica, novas fórmulas, ofícios e ritos sagrados. É santa, a liturgia romana, pela honra que presta a Deus, pelas virtudes que põe em exercício, pelas graças que difunde.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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