O único remédio à indiferença universal que, de uma maneira aterradora domina em tantos católicos, é a Eucaristia, o amor de Jesus-Hóstia.
A perda da fé é o resultado da perda do amor; as trevas, da ausência de luz; o frio glacial, da morte e da falta de fogo.
Ah! Jesus não disse: "Vim trazer a revelação dos mais sublimes mistérios" e sim: "Vim trazer o fogo à terra e todo o meu desejo é vê-lo abrasar o universo" (Lc 12,49).
É mister por mãos à obra, salvar as almas pela divina Eucaristia, despertar o mundo entorpecido pelo sono da indiferença, porque não conhece o Dom de Deus, Jesus, o Emanuel (Mt 1,23) Eucarístico. É o archote do amor que se deve acender nas almas tíbias, que se julgam piedosas e na realidade não são porque não estabelecem seu centro e sua vida em Jesus no santo Tabernáculo. E toda a piedade que não levanta uma tenda sobre o Calvário e outra ao pé do Tabernáculo, não é sólida e nada fará de grandioso.
As almas se afastam da Divina Eucaristia, e não se prega frequentemente sobre este Mistério de amor por excelência; as almas sofrem, então, tornam-se sentimentais e materiais na piedade, apegando-se à criatura de maneira desordenada, por que não sabem encontrar, em Nosso Senhor, a força e a consolação.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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