Quando Jesus Cristo quer infundir numa alma a graça soberana da Eucaristia começa por prepará-la por uma graça de sentimento, talvez pouco apreciada no princípio.
A felicidade da presença de Jesus, no dia da Primeira Comunhão, foi para nós um primeiro atrativo, sem que o percebêssemos; e assim como a semente se desenvolve inssensivelmente sob a terra, ele foi se avigorando em nós e mais tarde, devido aos nossos cuidados, tornou-se uma necessidade, uma aptidão, um espírito, um instinto.
Tudo, então, nos leva à Eucaristia. Se esta vier a nos faltar, tudo nos faltará igualmente.
A alma dominada por esse atrativo dirige a sua piedade, suas virtudes, para o Santíssimo Sacramento, sente necessidade da Santa Missa, da Comunhão; é movida a entrar nas Igrejas a procurar o Tabernáculo, que parece estar sempre a chamá-la. Que é isto, então? É a sua graça soberana, que a educou e se tornou mãe de todas as outras graças, o princípio e o móvel de todas as suas ações, e em virtude da qual exclamará: "Sinto-me penetrada de devoção para com o Santíssimo Sacramento; somente em sua presença me sinto bem, e isto sem esforço algum".
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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