É muitas vezes fruto de um sutil amor-próprio, de impaciência ou pusilanimidade, não queremos nos apresentar a Nosso Senhor com a miséria que nos é própria ou com a nossa pobreza humilhada, e, entretanto, é o que Ele ama a abençoa e prefere a tudo.
Se vos sentis na aridez, glorificai a graça de Deus sem a qual nada podeis; abri então a vossa alma para o Céu como a flor abre o cálice ao nascer do sol para receber o orvalho benfazejo.
Quando o vosso espírito estiver mergulhado em trevas, numa completa incapacidade, o coração sob o peso de seu nada e o corpo em sofrimento, fazei então a adoração do pobre. Saí de vossa pobreza e fixai-vos em Nosso Senhor, ou oferecei-Lhe esta pobreza para que Ele a enriqueça, o que seria obra-prima digna de sua glória.
Se vos encontrais num estado de tentação e de tristeza, sentindo que tudo em vós se revolta e vos induz a deixar a adoração sob o pretexto de que ofendei a Deus e O desonrais em lugar de servi-Lo, afastai esta insidiosa tentação. Farei a adoração do combate contra vós mesmos, da fidelidade a Jesus, Não, não desagradeis a Nosso Senhor. Ao contrário, rejubileis a vosso Mestre, que vos contempla, e que permitiu a Satanás perturbar-vos. Jesus espera a homenagem da perseverança até o derradeiro minuto do tempo a Ele consagrado.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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