O amor dá sem calcular.
O amor entrega-se sem raciocinar.
O amor sofre sem se queixar.
O amor goza, cresce no sacrifício.
O amor divino, a graça do amor, vai sempre destruíndo o amor-próprio e imolando a nossa vontade. É mister deixá-lo trabalhar. O altar do amor divino é a Cruz. E a nossa cruz somos nós mesmos: o pobre corpo que sofre, o coração repleto de desejos, a vontade que hesita! É uma grande cruz, mas a graça de Nosso Senhor a suaviza.
O verdadeiro amor dedica-se, perpertuamente se imola, não por interesse ou violência, mas com alegria e fazendo consistir sua felicidade em dar prazer.
O amor é ativo, empreendedor, e ao mesmo tempo clamo e pacífico; quer abranger tudo, tudo fazer, e ao mesmo tempo tudo deixar e desprezar; quer dizer a todos que amem a Deus, e ao mesmo tempo anseia por fugir do mundo, de seus olhares, sorrisos e afeições.
O amor é o mistério da graça de Deus; é necessário deixarmo-nos queimar e consumir por ele.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
Nenhum comentário:
Postar um comentário