O dom de si não implica num acréscimo de obras e de deveres novos; é sobretudo uma diretriz de intenção.
É necessário começar por uma consagração explícita de vós mesmos a Jesus Cristo, em espírito de amor, de sacríficio e de holocausto do próprio ser. Depois, considerando-vos, em virtude deste dom, dependende de Jesus Cristo de um modo integral, esforçar-vos-eis por deixá-lO viver, agir, governar e receber tudo em vós, em lugar de vós mesmos, até que Ele se torne o vosso princípio e o único fim da natureza e da graça.
Assim, é mister abracar com ardor o estudo e a prática das virtudes evangélicas, não diretamente pelo mérito que elas fazem obter, mas para servir-lO por meio dEle próprio.
Pode-se dizer que todos os Santos praticaram este dom, pois, como é possível alcançar a santidade sem se entregar a Jesus Cristo para ser absorvido por Ele? Este dom se enquadra, por conseguinte, na graça do verdadeiro cristianismo pelo qual Jesus Cristo quer viver em seus membros, aniquilando neles o homem natural para tomar o seu lugar.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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