O amor eterno de Deus (cf. Jr 31,3) para conosco se manifesta pelos benefícios de ordem temporal: existimos em virtude de benevolente criação do amor divino, e a nossa vida se conserva porque Deus nos mantém em seus próprios braços.
Esta vida, porém, nos foi concedida unicamente para amá-lO, e nisto consiste a perfeição do homem, que somente é bom quando ama a Deus.
Foi esta a finalidade que lhe fixou o Criador, na liberalidade de seu amor. Por isto, parece que, se Deus, ao criar o homem, não disse que esta obra de suas mãos era boa, como dissera das outras, é porque o homem só estará completo e perfeito quando houver amado a Deus, provando-Lhe em atos o seu amor.
Há tanta condescendência de Deus para conosco em querer ser amado por nós e em nos dar a faculdade e a graça de amá-lO, quando em nos amar ele mesmo e em nos cumular dos testemunhos desse amor.
Flores da Eucaristia - São Pedro Julião Eymard
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