Ministério Eterna Luz

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domingo, 11 de setembro de 2011

Palavra do Pastor

24º Domingo do Tempo comum – 11.09.2011

O PERDÃO


+ Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília


Neste mês da Bíblia, continuamos a meditar o Evangelho de Mateus proclamado nos domingos do Tempo Comum deste Ano Litúrgico. Estamos lendo, com a Igreja, o capítulo 18, voltado especialmente para a vida em comunidade. Jesus se dirige aos seus discípulos orientando a vivência comunitária.

O texto, hoje proclamado, destaca o perdão entre irmãos. No último domingo, refletimos sobre a correção fraterna, sinal de amor e de responsabilidade diante do irmão que peca. Outra expressão deste mesmo amor é o perdão. A pergunta que Pedro dirige a Jesus fala em quantas vezes perdoar “se meu irmão pecar contra mim?”

A palavra “irmão” pressupõe alguém que está na comunidade cristã e que necessita do perdão de Deus e do perdão dos irmãos. Nós suplicamos o perdão de Deus ao rezar o Pai Nosso, afirmando perdoar os irmãos: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido!”. A parábola contada por Jesus faz pensar no modo como rezamos e vivemos a oração que Ele nos ensinou. Muita gente se dispõe a perdoar, porém colocando condições ou limites para o perdão, o que não condiz com a Palavra de Jesus.

A resposta de Jesus a Pedro afirmando “setenta vezes sete” pressupõe a disponibilidade para perdoar sempre que necessário. Quem é perdoado deve também ter “compaixão” de quem necessita do perdão. Quem se prostra aos pés do Senhor para suplicar o perdão, deve também oferecer o perdão a quem lhe ofende. O livro do Eclesiástico, na primeira leitura, refere-se ao “rancor e a raiva” como “coisas detestáveis” que “até o pecador procura dominar”, exortando a perdoar para que, quando orarmos, os nossos pecados sejam perdoados.

Nós cremos que “o Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso”, conforme rezamos com o Salmo 103. Este amor misericordioso do Senhor deve nos levar a amar os irmãos do mesmo modo que Ele nos ama. O amor caracteriza a vida nova do cristão. Ele se expressa através do perdão e também pela correção fraterna, conforme meditamos no último domingo. Vamos refletir, hoje, a respeito da nossa vivência do amor cristão olhando especialmente para a nossa capacidade de perdoar. Se necessário, peçamos perdão a Deus e procuremos perdoar, de coração, os nossos irmãos. Sem o perdão, não há reconciliação e paz nos corações, nem haverá paz em nossas famílias e comunidades.

Aproveitemos o Mês da Bíblia para conhecer e viver melhor a Palavra de Deus, fazendo a leitura orante da Bíblia e praticando o amor ao próximo. Organize o seu tempo de modo a ler e a meditar a Palavra de Deus. Procure fazer isso em família e na comunidade. Dedique mais tempo a Deus e aos irmãos!

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